A notícia chegou a Min-ho como um golpe direto. Ao saber que Hana havia deixado o hospital e estava se afastando dele, a raiva ferveu em suas veias. Ele estava acostumado a controlar tudo ao seu redor, mas Hana... ela sempre foi diferente. E agora, ela tinha escapado. De alguma forma, ele havia perdido o controle sobre ela, e isso era inaceitável. Ele não suportava o desrespeito, e a ideia de ser desafiado por alguém tão insignificante aos seus olhos o fazia perder a paciência.
Em seu escritório de luxo, Min-ho estava debruçado sobre a mesa, o rosto fechado em uma expressão de pura fúria. Ele girava uma caneta entre os dedos, seu olhar fixo nas pilhas de documentos à sua frente, sem realmente enxergá-los. A mente dele estava em um turbilhão de pensamentos.
— Como ela ousa me desafiar? — murmurou ele, apertando os dentes. — Ela acha que pode fugir e se esconder? Eu nunca vou deixar isso acontecer.
Min-ho pegou o telefone com força, sua mão tremendo de raiva. A primeira pessoa em quem pensou foi Jae-hyun, um dos seus informantes mais leais, um homem que nunca falhava em cumprir uma ordem.
— Jae-hyun, onde está ela? — Min-ho rosnou, a voz cheia de veneno.
— Ainda tentando encontrar, senhor. Ela desapareceu do hospital sem deixar rastro claro. — a resposta veio, lenta e cautelosa, como se soubesse que a próxima palavra poderia determinar a vida ou a morte.
Min-ho explodiu. Ele levantou-se da cadeira de uma só vez, derrubando alguns papéis ao chão.
— Eu não me importo com suas desculpas, Jae-hyun. Eu quero ela de volta! Agora! Se você não fizer isso, eu vou fazer com que você pague por me decepcionar assim!
Ele disparou o telefone de volta na mesa com um estrondo, fazendo a tela quebrar ao cair.
A fúria de Min-ho estava crescendo. Ele não conseguia aceitar perder o controle de uma situação. Hana sempre foi um peão importante no seu jogo, alguém que ele deveria ter sob sua influência. Ela havia sido útil até agora, mas ela parecia ter se tornado uma ameaça. Uma ameaça que ele não ia permitir que vivesse, não importava o custo.
Min-ho caminhou de um lado para o outro em seu escritório, sua mente traçando um caminho tortuoso de vingança e dominação. Ele não acreditava em amor, não acreditava em fraquezas. Mas Hana... Hana havia sido sua, e ele não aceitava a ideia de vê-la fugindo, escolhendo outra pessoa, sendo livre.
— Ela me pertence! — gritou, com os punhos fechados. — Não vai ser assim! Eu vou fazer ela voltar. De uma forma ou de outra, ela vai entender que não pode fugir de mim.
Para Min-ho, a humilhação de ter perdido o controle sobre Hana era insuportável. Ele precisava esmagar qualquer traço de resistência, especialmente agora que Seo-jun estava envolvido. Esse nome o irritava mais a cada segundo, como um espinho cravado em seu orgulho.
Depois de um tempo, Jae-hyun entrou apressado no escritório de Min-ho, com uma expressão tensa no rosto. Ele sabia que o chefe não tolerava falhas, e havia sentido a pressão aumentar desde o momento em que soubera que Hana havia desaparecido do hospital. Ele estava lá, agora, com informações frescas, embora não tão completas quanto Min-ho desejava.
— Senhor, encontrei ela. — Jae-hyun começou, a voz tensa e baixa, temendo a reação de Min-ho. Ele entregou uma pasta com anotações e relatórios detalhados, esperando que isso fosse o suficiente para não ser eliminado.
Min-ho olhou para ele com um olhar de expectativa, as mãos firmemente unidas sobre a mesa.
— Onde ela está? — A voz de Min-ho soava controlada, mas havia uma ira reprimida nela que Jae-hyun não ousaria desafiar.
Jae-hyun respirou fundo, sabendo que precisava ser cuidadoso com cada palavra que saía de sua boca.
— Ela... — ele hesitou, antes de finalmente continuar. — Ela alugou um quarto em um pequeno hotel afastado. Eu a segui discretamente e vi que ela não estava sozinha, como já suspeitávamos. Seo-jun estava com ela.
Min-ho contraiu os músculos do rosto, o ódio pulsando em suas veias.
— Seo-jun... — ele repetiu, o nome saindo com raiva. Ele sabia quem era Seo-jun, mas o fato de ele estar tão próximo de Hana o fazia sentir que a situação estava fugindo de seu controle.
— Eu tentei me aproximar dela — continuou Jae-hyun, sua voz mais baixa, tentando dar as informações que Min-ho queria ouvir. — Mas ela estava sendo seguida. Seo-jun estava ali, perto, e eu não consegui fazer nada. Não pude agir.
Min-ho fechou os punhos com força, e Jae-hyun engoliu em seco, já prevendo que o pior estava por vir.
— Mas eu vi o suficiente. — Jae-hyun continuou, decidindo não deixar Min-ho esperar mais. — Ela estava no hotel, e depois de um tempo, Seo-jun entrou. O local estava bem vigiado, e havia vários seguranças ao redor. Ele não ficaria ali, nem a deixaria sozinha em um lugar como aquele.
Min-ho ficou em silêncio, processando as informações. Ele sabia que Seo-jun era mais do que apenas alguém tentando proteger Hana; ele era alguém que parecia entender as regras do jogo, alguém que poderia se tornar um obstáculo sério. Isso o deixava ainda mais irritado.
— Você viu mais? — Min-ho perguntou, seu tom carregado de tensão.
— Não... — Jae-hyun balançou a cabeça, claramente frustrado. — Isso é tudo o que consegui. Mas tenho certeza de que Seo-jun não a deixaria em um lugar tão vulnerável assim. Ele provavelmente está vigiando ela de perto.
Min-ho não respondeu imediatamente. Ele ficou em silêncio, processando a situação. A raiva borbulhava, mas ele sabia que precisava ser estratégico. Ele não podia deixar que Hana estivesse sob a proteção de outro homem, ainda mais um homem que parecia ter o poder de desestabilizar tudo.
— Entendido — Min-ho finalmente disse, sua voz fria e calculada. — Faça o que for necessário para trazer mais informações. Não vou deixar que ela continue fora de meu alcance.
Jae-hyun fez uma reverência rápida e saiu do escritório, sabendo que falhar não era uma opção.
Min-ho ficou sozinho, com a mente girando. Quem era esse Seo-jun realmente? O que ele queria com Hana? Ele não estava apenas tentando ajudá-la, não era possível. Algo mais estava acontecendo ali, algo que ele ainda não entendia completamente.
Antes que ele pudesse continuar em seus pensamentos, a porta do escritório se abriu, e seu advogado entrou com um relatório em mãos.
— Senhor, temos algo mais sobre Seo-jun. — O advogado entregou o documento a Min-ho. — Depois de uma investigação mais aprofundada, descobrimos algumas coisas importantes sobre ele. Ele não é apenas um homem comum. Ele tem poder, conexões, e está em uma posição muito mais alta do que imaginávamos.
Min-ho pegou o relatório, suas mãos firmes ao tocá-lo, e começou a folhear as páginas. O que ele estava lendo só aumentava sua raiva. Seo-jun não era só um simples protetor. Ele tinha recursos, influência, e uma rede que Min-ho reconheceu como semelhante à sua própria. Isso era mais do que uma simples ameaça. Agora, ele precisava entender completamente quem era Seo-jun para garantir que não fosse pego de surpresa.
Min-ho olhou para o advogado, seu olhar sombrio.
— Vamos descobrir tudo sobre ele. Cada movimento, cada relação. Eu preciso de todas as informações sobre esse homem.
O advogado acenou com a cabeça, reconhecendo a gravidade do pedido. Ele sabia que Min-ho não ia parar até destruir qualquer ameaça.
Min-ho ficou em silêncio, seus olhos fixos no relatório, mas sua mente estava focada em uma única coisa: não perder Hana. Ele não a deixaria escapar de suas mãos. Não agora. Não depois de tudo.
E com isso, ele guardou o relatório com um olhar decidido.
Mais Informações
Min-ho ficou em silêncio por um momento, absorvendo as últimas informações que seu advogado lhe entregara. Ele estava tenso, ciente de que o jogo estava se tornando mais complexo e perigoso do que ele imaginava. Ele precisaria se mover com mais cautela, agora que Seo-jun se mostrava uma ameaça real. Contudo, antes que pudesse se aprofundar mais nos detalhes, o advogado parecia hesitar, uma leve tensão visível em seu rosto.
— Senhor… — o advogado começou, a voz mais cautelosa agora. Min-ho olhou para ele, os olhos ferozes, impacientes.
— O que é agora? — Min-ho rosnou, a raiva ainda queimando em seu peito, mas sua voz se mantendo firme e controlada.
O advogado deu um passo para frente, segurando um novo relatório, mais espesso e com marcas evidentes de confidencialidade. Ele hesitou por um segundo antes de entregar o documento a Min-ho.
— Eu… eu consegui mais informações sobre Seo-jun, mas há algo que você precisa saber. — A voz do advogado tremia ligeiramente, e Min-ho, mais atento agora, pegou o relatório com um movimento rápido e brusco.
— O que você descobriu? — Min-ho perguntou, seus olhos fixos no advogado, e a tensão na sala parecia se multiplicar a cada palavra que ele dizia.
O advogado respirou fundo, a preocupação em seus olhos crescendo.
— Seo-jun não está apenas envolvido com uma rede de influência… há algo muito maior que ele está controlando. Ele não é um simples empresário, como imaginávamos. Parece que ele tem laços com organizações além da nossa compreensão. Não é só poder financeiro; ele tem conexões perigosas, até mesmo com facções que estão em guerra no submundo. Estamos lidando com algo muito mais complicado do que esperávamos.
A revelação caiu como uma bomba sobre Min-ho. Ele olhou para o advogado, seu corpo congelando enquanto assimilava as palavras que acabara de ouvir.
— O que você está dizendo é que Seo-jun tem poder suficiente para destruir tudo o que construímos? — Min-ho perguntou, sua voz controlada, mas a ira em seus olhos era inegável.
O advogado inclinou-se um pouco para frente, tentando compreender a magnitude da reação do chefe.
— Exatamente, senhor. Ele não é apenas um obstáculo; ele é uma ameaça real. Não podemos subestimá-lo, nem agora, nem nunca.
Min-ho fechou o punho com tanta força que suas unhas cortaram a palma da mão. O sangue não importava. Nada mais importava, exceto uma coisa: ele não poderia permitir que alguém, especialmente Seo-jun, desafiasse sua autoridade.
— Então, vamos tratar disso agora. Se ele quer guerra, vai ter guerra. — Min-ho falou com uma frieza cortante. — Mas antes, tenho uma última coisa a perguntar. O que mais você sabe sobre ele? Preciso que todos os detalhes sejam trazidos até mim. Quero saber tudo, até o último segredo.
O advogado, visivelmente mais nervoso agora, assentiu.
— Vou continuar a investigação, senhor. Não descansarei até que tenhamos todas as informações. Não há mais falhas.
Min-ho observou o advogado se afastando, e por um momento ficou em silêncio, refletindo sobre as palavras que acabara de ouvir.
Seo-jun não era mais apenas um homem que queria proteger Hana. Ele era uma peça-chave em um jogo ainda maior, e Min-ho não permitiria ser derrotado por ele.
A raiva de Min-ho queimava ainda mais forte. Hana, Seo-jun, o submundo — tudo se conectava em um único fio que ele agora precisava cortar. Não seria fácil, mas Min-ho sempre foi bom em manipular as situações a seu favor.
Ele se levantou da cadeira, decidido.
— Vou fazer com que ele pague por me desafiar. Eu vou destruir tudo o que ele ama, e Hana… Hana vai ser minha novamente.
E assim, com o ódio fervendo em suas veias, Min-ho começou a traçar seus próximos movimentos. Ele sabia que a guerra estava apenas começando, e ele não tinha intenções de perder.
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