Perdida - Capítulo 8: A Calma Antes da Tempestade

Min-ho chegou ao consultório com passos firmes, sua expressão controlada, mas o brilho nos olhos sugeria uma determinação quase impiedosa. Ele entrou na sala do médico e, após os cumprimentos protocolares, foi direto ao assunto, sem rodeios.

— Doutor, preciso saber exatamente como está a saúde de minha esposa. — Sua voz era fria, sem qualquer vestígio de preocupação genuína, e o tom deixava claro que ele não aceitaria evasivas.

O médico, que conhecia bem a fama de Min-ho, procurou manter a calma, mexendo nos papéis à sua frente enquanto explicava as condições gerais de Hana, relatando exames e diagnósticos recentes. No entanto, Min-ho, com a paciência se esgotando, cortou a conversa com uma pergunta direta.

— E quanto ao nosso plano para... a família? — Ele se inclinou ligeiramente para a frente, mantendo o olhar fixo, afiado. — Estou certo de que a senhora Kim está em boas condições para isso, não é?

O médico hesitou, desviando o olhar momentaneamente. Ele sabia que essa era uma questão delicada, e estava ciente das precauções que Hana tomava sem que Min-ho soubesse. As instruções de confidencialidade estavam claras, mas era difícil resistir à pressão que aquele homem exercia. Sentindo o peso do silêncio, Min-ho se aproximou ainda mais, a voz agora baixa e ameaçadora.

— Doutor... espero que esteja compreendendo que sou eu quem cuida dela e de suas necessidades. Agora, se há algo que eu precise saber, sugiro que me diga agora.

Após uma pausa tensa, o médico suspirou, e em um tom cauteloso, murmurou:

— A senhora Kim... vem tomando medidas contraceptivas para evitar uma gravidez.

Min-ho ficou em silêncio, mas sua expressão mudou. Por um momento, seu rosto se tornou uma máscara de gelo, e logo o sangue pareceu subir-lhe à cabeça. Ele cerrou os punhos, mal conseguindo controlar a raiva que fervilhava sob a superfície. Sentia-se traído, afrontado. Para ele, aquilo não era uma simples escolha pessoal de Hana, mas uma forma de insubordinação.

Sem dizer mais nada ao médico, Min-ho se levantou e saiu do consultório, os passos ecoando pesados pelo corredor. A fúria crescia em seu peito como uma onda incontrolável. Ele sentia que Hana o desafiara, que ousara agir por conta própria sem consultá-lo, sem lhe dar a chance de exercer seu controle.

Determinado a confrontá-la e a pôr um fim àquela situação, Min-ho acelerou o passo. Naquela noite, Hana entenderia, de uma vez por todas, que ele não aceitava ser desafiado.

Min-ho Chega na Mansão

Respirando fundo para controlar a raiva que fervia em seu peito.Min-ho chegou à mansão já passada a noite, os passos firmes ecoando pelo piso frio enquanto ele atravessava o saguão.

Sua expressão era serena, o rosto impenetrável, mas seus olhos revelavam um brilho sombrio. Ele inspirou fundo, cada respiração controlada, como se o ato de se acalmar fosse uma armadura que precisava manter intacta até o momento certo.

Ao avistar Hana na sala, ele se forçou a um sorriso quase gentil, abordando-a como se nada estivesse fora do comum. Ela estava sentada em um dos sofás, os olhos ligeiramente atentos, observando-o enquanto ele se aproximava.

— Boa noite, Hana — saudou ele, com um tom que, à primeira vista, parecia suave, mas escondia um peso ameaçador.

Hana notou imediatamente algo estranho. Havia algo nos olhos de Min-ho, uma dureza que ela não conseguia identificar de imediato. Seu corpo enrijeceu, a tensão se tornando quase palpável no ar ao redor dos dois. Mesmo assim, ela manteve a postura calma, lutando para esconder o desconforto crescente.

— Boa noite… — respondeu Hana, tentando soar normal, mas a voz saiu baixa, hesitante.

Por um instante, o silêncio tomou conta do ambiente. Min-ho a encarava de forma intensa, como se pudesse enxergar através dela, o olhar penetrante que a fazia sentir-se exposta e indefesa. Ele parecia ter um ar calculado, como se cada movimento fosse meticulosamente planejado para mantê-la em suspense.

Ele se aproximou, mantendo uma expressão neutra, e estendeu a mão para tocar levemente o ombro dela. Hana tentou não demonstrar sua inquietação, mas sentia-se vulnerável. Aquele toque, tão leve, parecia carregar uma ameaça implícita.

— Precisamos conversar — disse ele, mantendo o mesmo tom contido. — Venha comigo, vamos para o quarto.

Hana hesitou, sentindo a ansiedade crescer a cada segundo. Ela sabia que recusar seria inútil, talvez até perigoso, mas algo nela dizia que aquela conversa era mais séria do que ele deixava transparecer.

Com passos cuidadosos, seguiu Min-ho pelo corredor, o coração acelerado e as mãos trêmulas. Enquanto avançavam pela mansão silenciosa, o ambiente parecia apertar-se ao seu redor, e um pressentimento sombrio preenchia cada canto.

No quarto, a tensão era quase tangível. Assim que Min-ho fechou a porta, o ambiente pareceu se encolher, mergulhando em um silêncio ameaçador. Hana sentiu o perigo crescer, mas antes que pudesse reagir, a mão de Min-ho voou em sua direção com uma velocidade e brutalidade inesperadas. O tapa acertou seu rosto com uma força devastadora, jogando-a contra a parede. Ela cambaleou, tentando recuperar o equilíbrio enquanto sua visão embaçava momentaneamente pela dor.

Hana levou a mão ao rosto, a pele ardendo onde ele a havia atingido. Olhou para ele, perplexa, com os olhos arregalados de medo e confusão. Ainda tentando entender o que o havia levado a tal fúria, ela se deu conta da verdade em seus olhos: ele sabia. Sabia sobre as precauções que ela vinha tomando, e a ira que pulsava nele era diferente de qualquer coisa que ela já tivesse visto.

— Como ousa fazer isso comigo, Hana? — ele sibilou, sua voz baixa e envenenada de ressentimento. — Todo esse tempo, você me enganando, se recusando a me dar o que mais desejo. Traindo meus planos para a nossa família!

Hana o encarou, sem palavras, o coração batendo tão rápido que parecia explodir. Ela tentou manter-se firme, mas as palavras dele eram como facas afiadas, cravando-se fundo em sua alma.

— "Nossa família"? — ela respondeu, a voz trêmula mas carregada de frustração e medo. — Você acha mesmo que quero uma família com alguém como você? Que eu quero... que eu queira um filho seu?

Ao ouvir isso, algo em Min-ho se rompeu. Ele a fitou com um olhar de pura fúria, uma sombra de loucura transparecendo em seu rosto, e sem dar a ela sequer um segundo para se preparar, avançou novamente. A próxima coisa que Hana sentiu foi a dor lancinante de um soco no estômago, seguido por um chute nas pernas, que a fez tombar no chão, indefesa. A dor a fez ofegar, seu corpo frágil tentando se encolher para suportar cada golpe, mas Min-ho não parava, o ódio consumindo cada gesto.

Enquanto ele a atacava, gritando insultos e acusações distorcidas sobre o "amor" que dizia sentir, Hana foi perdendo a consciência aos poucos. As palavras dele se misturavam com o som de seus próprios batimentos descompassados, e sua visão se tornou uma névoa.

A última coisa que percebeu foi o rosto dele contorcido, descontrolado, antes de sua mente sucumbir ao silêncio do desmaio, caindo na escuridão completa.

Momento de Vida e Morte

Min-ho se agachou, o corpo tremendo de raiva e frustração, observando Hana caída no chão, os olhos semi-abertos, mas sem vida, como se ela já estivesse distante dele, perdida em um abismo que ele não podia alcançar. A brutalidade do momento parecia envolver a mansão inteira, como se a própria casa estivesse sentindo o peso da violência que ele tinha acabado de desferir.

Ele se inclinou sobre ela, a respiração acelerada, seu olhar vazio de qualquer remorso. Sentiu a pulsação fraca em seu pescoço e, por um segundo, o desespero o invadiu. Ele a amava, não era isso? Ele só queria o que era melhor para ela, o que seria melhor para os dois. Mas sua mente, distorcida pela obsessão e pelo controle, não conseguia mais compreender. Só restava a raiva, o ciúme, a dor que ele acreditava ser amor.

— Hana... — Ele sussurrou, quase como uma súplica. Sua voz estava carregada de um desespero enlouquecido, misturando-se com gritos de fúria e palavras entrecortadas. — Você não pode... fazer isso comigo... Eu... Eu te amo! Tudo o que eu quero é nossa família! Um filho... um futuro... por favor, acorde!

Mas as palavras caíam no vazio. Hana não respondia, seu corpo imóvel no chão, os olhos sem brilho. Min-ho sentiu uma onda de pânico tomar conta de si. Ele tocou seu rosto, os dedos trêmulos, tentando sentir algum sinal de vida, mas tudo o que encontrou foi o frio da pele dela.

— Hana! — Ele gritou, sua voz se elevando, agora tomada pela desesperança. A dor de vê-la ali, tão frágil, quase sem vida, o fez perder a noção de tudo. Ele estava perdido, e essa perda o estava destruindo.

Sem mais raciocínio, Min-ho se levantou e correu até a porta. Ele gritou pelos seguranças, a voz cheia de urgência e terror.

— Precisamos de ajuda, agora! — Ele ordenou, a raiva misturada ao medo, seus olhos frenéticos. — Leve ela para o hospital, rápido!

Os seguranças chegaram em questão de segundos, dois homens fortes, prontos para agir. Mas Min-ho estava fora de si, suas mãos ainda tremendo enquanto ele os guiava até onde Hana estava caída. Os seguranças a pegaram com cuidado, mas Min-ho, ainda sem conseguir lidar com o que acontecera, os seguiu de perto, seus passos frenéticos e desconexos.

Ele ficou ali, observando, os olhos fixos nela, enquanto a carregavam até o carro. Seu mundo parecia desmoronar, mas ele não podia perder ela. Não podia. E naquele momento, sua mente já estava sendo tomada por um pensamento claro: Isso é sua culpa, Hana!!!

Os seguranças, com Hana nos braços, correram em direção ao carro, seus passos apressados, enquanto Min-ho, ainda tentando mascarar a gravidade da situação, caminhava ao lado, falando com uma calma forçada.

— Foi um acidente, só uma queda. Nada com o que se preocupar. — ele tentava, mas sua voz vacilava, traindo o pânico que começava a tomar conta dele. Ele olhou para os seguranças, tentando transmitir uma sensação de controle, mas sabia que sua farsa estava ficando cada vez mais difícil de manter.

Um dos seguranças, um homem de aparência robusta, mas com uma postura séria e atenta, percebeu rapidamente a gravidade da situação. Ele havia sido informado de que Hana estava sob vigilância, não apenas por Min-ho, mas por Seo-jun, e sabia que algo estava profundamente errado. Ele não acreditava na versão do "acidente" de Min-ho. A expressão de Hana, pálida e sem vida, não deixava dúvida de que ela havia sido agredida de forma brutal.

— Vamos, rápido — ele ordenou aos outros seguranças, e eles correram para o carro. Mas antes de entrar, ele se afastou por um momento, pegando seu celular. Com a mão firme, ele discou o número de Seo-jun, sem hesitar.

O telefone tocou poucas vezes antes de Seo-jun atender, sua voz calma, mas tensa.

— Seo-jun, é o Joon. Ela está inconsciente e Min-ho diz que foi um acidente, que ela caiu da escada. Não parece um acidente, ele está tentando esconder a verdade. Estamos levando ela para o hospital agora, já avisei o hospital.

Seo-jun ouviu as palavras com um calafrio gelado se espalhando por sua espinha. O medo o tomou, mas a raiva também. Ele sabia que Min-ho estava por trás disso. Sabia que aquele "acidente" era uma mentira.

—  Eu estou indo para o hospital agora, e Min-ho não vai escapar dessa — respondeu Seo-jun, a voz carregada de tensão. Ele desligou rapidamente, e uma onda de pânico e determinação tomou conta dele. Hana estava em perigo, e ele faria o que fosse necessário.

O segurança voltou ao carro, onde os outros seguranças já estavam com Hana, tentando mantê-la estável, embora sua condição fosse crítica. Eles partiram em alta velocidade para o hospital, sem olhar para trás. Min-ho os seguiu, nervoso, mas tentando manter o controle, ainda insistindo na versão de um simples acidente.

Enquanto isso, dentro do carro, o segurança amigo de Seo-jun manteve seus olhos fixos em Hana, suas mãos firmes na direção, sabendo que o tempo era um inimigo cruel. Ele não podia deixar que Min-ho soubesse que ele já havia alertado Seo-jun. A situação estava se tornando muito mais grave do que qualquer um poderia imaginar. A situação estava prestes a ser revelada, e Min-ho não teria como escapar das consequências.

Seo-jun em Desespero

Quando Seo-jun recebeu a notícia de Hana, seus sentimentos foram como uma tempestade furiosa. O pânico tomou conta dele, mas foi rapidamente substituído por uma raiva incontrolável. O pensamento de Min-ho ter feito algo com ela era o suficiente para fazê-lo querer ir até a mansão e enfrentar o homem, acabar com a ameaça de uma vez por todas.

Ele se levantou abruptamente da cadeira, os punhos cerrados, seus olhos fixos em nada, como se o próprio ar ao seu redor estivesse carregado de tensão. Sentia o impulso de correr até o hospital e confrontar Min-ho ali mesmo, mas, antes que pudesse dar mais um passo, seu amigo, o interrompeu.

— Seo-jun, calma — ele disse, colocando uma mão firme no ombro de Seo-jun, impedindo-o de seguir adiante. O olhar dele era grave, cheio de seriedade. — O hospital é o lugar mais seguro para ela agora. Min-ho não pode fazer nada lá. Nossos homens estão de guarda na porta, vigiando cada movimento.

Seo-jun respirou fundo, sua raiva e medo se misturando como um veneno dentro dele. A ideia de ficar parado, sem fazer nada, enquanto ela estava em perigo, o corroía. Mas, ao olhar para o amigo, ele sabia que havia razão nas palavras dele. O hospital era o único lugar onde Min-ho não poderia controlá-la.

— Mas e quando ela acordar? — Seo-jun perguntou, a voz rouca, carregada de desespero. — E se ele tentar entrar no hospital?

— Quando ela se recuperar, você pode ir até ela. Eu vou te dar toda a cobertura necessária para que você a leve para longe de tudo isso — respondeu com firmeza. Ele apertou a mão de Seo-jun, oferecendo uma sensação de força, uma pequena brecha de confiança no meio de todo o caos.

Seo-jun, embora hesitante, sabia que não havia outra opção naquele momento. Ele queria correr até o hospital, tomar a situação nas mãos, mas ele também sabia que, enquanto Hana estivesse lá, ela estava protegida. Min-ho não teria o poder que ele tinha sobre ela dentro daquele ambiente.

— Quando ela acordar, ela será minha — Seo-jun disse, sua voz agora fria e resoluta, enquanto o olhar se tornava uma mistura de determinação e dor. — Eu vou tirá-la daquele inferno. Prometo.

Seu amigo assentiu, compreendendo a intensidade do que estava sendo dito. Ele sabia o quanto Seo-jun estava se entregando à causa, não apenas pela dor que Hana estava sofrendo, mas pela dor que ele também carregava.

— Vou ficar aqui e garantir que nossos homens nao deixaram que Min-ho faça nada. Agora, é melhor você esperar. Mas quando a hora chegar, você será o primeiro a estar ao lado dela — Ele garantiu, as palavras pesando como uma promessa de proteção.

Seo-jun respirou fundo, os sentimentos conflitantes dentro dele quase o sufocando. Mas, ao olhar para o amigo, ele encontrou um alicerce, uma presença que, por mais que pudesse não solucionar tudo, trazia algum tipo de calma temporária.

— Eu não vou deixar que Min-ho machuque ela de novo. Quando ela acordar, eu a protejo — Seo-jun sussurrou, para si mesmo, e a raiva e a dor em sua voz eram palpáveis.

Ele se afastou um pouco, mais calmo, mas ainda consumido pela necessidade de agir. Ele sabia que, em algum momento, ele teria que confrontar Min-ho, mas agora não era o momento. Agora, era hora de esperar. Esperar que Hana se recuperasse, esperar para finalmente tirá-la daquele pesadelo.

Seo-jun Vai ao Hospital

Seo-jun parou diante da entrada da UTI, hesitando por um momento, as palavras de seu amigo ecoando em sua mente: — Quando ela se recuperar, você pode ir até ela. — Ele havia dito a si mesmo que não iria até o hospital, mas a verdade é que ele não conseguia se afastar dela. Ele precisava vê-la, precisava sentir sua presença, ainda que fosse apenas através da frágil conexão de sua mão descansando sobre a cama dela.

Ao entrar, a visão de Hana inconsciente, com tubos e fios conectados ao seu corpo, fez seu coração apertar. Ela estava pálida, mas ainda assim, de algum modo, parecia bela, mesmo em sua fragilidade. Seu peito se encheu de um vazio doloroso, misturado com a raiva crescente que o consumia. O que Min-ho tinha feito com ela? Como ele pôde levar as coisas a esse ponto? Seo-jun sabia que as respostas não estavam ali, mas a dor de vê-la daquele jeito fez com que ele questionasse todas as suas escolhas até agora.

A raiva que o corroía não estava voltada apenas para Min-ho. Estava voltada para si mesmo também. Ele sabia que poderia ter feito mais. Poderia ter tirado Hana daquela casa, daquela vida, antes que fosse tarde demais. Mas, agora, o tempo parecia perdido, e ele estava diante de uma realidade brutal que o fazia querer gritar.

Ele olhou para o monitor que media sua respiração, a linha que pulsava lentamente, como se estivesse demorando para chegar a uma resposta. Ao olhar para ela, a sensação de impotência foi esmagadora.               — Desculpe por não ter feito mais —, ele sussurrou, mais para ela do que para si mesmo. — Eu deveria ter feito isso antes.

Min-ho não estava ali. E isso fez Seo-jun questionar onde ele estava, sabendo que, na melhor das hipóteses, ele estaria em algum lugar tentando encontrar uma explicação convincente para o que havia acontecido. O que ele não sabia era que, naquele momento, a polícia estava desconfiando de algo muito mais sombrio. Os médicos, ao examinarem Hana, perceberam que as lesões que ela sofria não eram compatíveis com uma simples queda de escada. Havia marcas de ferimentos antigos, hematomas e contusões que não faziam sentido com a história que Min-ho havia contado. O diagnóstico estava em andamento, mas o que estava claro era que Hana não havia simplesmente "caído".

Seo-jun sabia que a verdade estava prestes a vir à tona.

Enquanto a polícia interrogava Min-ho, Seo-jun não estava mais interessado em ficar à mercê de outras autoridades. Ele não poderia esperar pela justiça. Ele precisava agir. Usando suas conexões, ele rapidamente acessou as câmeras de segurança da mansão, analisando as imagens que eram capturadas até o quarto. Embora as câmeras não estivessem dentro do quarto, ele sabia que ainda havia uma chance. Ele conseguiu acessar o áudio das gravações e logo obteve as evidências que procurava: o som de gritos, o barulho de um tapa, a tensão na voz de Min-ho. Tudo o que ele precisava estava ali, gravado em áudio. Não havia nenhuma cena de que Hana havia caído da escada.

O ódio por Min-ho queimava dentro dele. Cada palavra de desprezo que ele ouviu na gravação apenas alimentava seu desejo de justiça. Seo-jun sabia que havia algo mais por trás daquela história. Min-ho sempre foi manipulador, mas a violência, a crueldade com a qual ele tratava Hana, ultrapassava qualquer limite.

Seo-jun se sentou ao lado de Hana, acariciando sua mão fria. A sensação de impotência ainda estava lá, mas havia algo mais, uma resolução que começou a crescer dentro dele. Ele sabia que, enquanto ela estivesse ali, inconsciente, ele faria tudo para protegê-la. Ele ficaria ao lado dela, não importava quanto tempo demorasse.

  — Sua dor não será em vão, Hana — ele murmurou, mais para si mesmo do que para ela. — Eu vou fazer você acordar disso, e quando acordar, vou estar aqui para te tirar desse pesadelo.

Seo-jun fechou os olhos por um momento, a tensão de toda a situação apertando seu peito. Ele sentia que o tempo estava passando mais devagar agora, como se o relógio estivesse contra ele. Mas ele não sairia dali até que tivesse certeza de que Hana estaria segura.

 — Só espere — ele sussurrou, sua voz grave e cheia de promessas não ditas. — Eu vou te proteger.

Enquanto o silêncio preenchia a sala, Seo-jun se manteve firme. Nada, nem mesmo Min-ho, o impediria de garantir que Hana tivesse uma chance de encontrar a paz e a liberdade que ela merecia. E ele, finalmente, compreendeu que, para isso, ele seria o único responsável.


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